O meu tio Alberto diz-me coisas por entre letras
e abre a cortina para deixar entrar o sol, mesmo o de Inverno.
Hoje segredou-me:
"Se não consegues sentir espanto nem surpresa...
Então os teus olhos estão fechados, apagados. Estás morta."
E eu quis viver, e esbugalhei os olhos para que nenhum raio do prisma do dia falhasse a retina.
Respirei.